terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Romantismo - módulo 7

Como reacção ao neoclassicismo formou-se uma forte corrente que marca a ruptura com o clássico, apelando á exaltação das emoções e sentimentos. Apela também á originalidade, procura de extremos, ao sobrenatural, à melancolia e ao cruel. Caracteriza-se por cultivar a fantasia, o sonho, a evasão para mundos exóticos, a exaltação da natureza, do panteísmo e pansexualismo.
Este foi um estilo que marcou as contradições da sua época. Os românticos, são seduzidos pelo passado medieval, pela natureza e pelo exotismo de outras culturas, o que se vai reflectir na arte. O romantismo defende que a arte não se atingia através das regras académicas, que era sim um produto da imaginação de cada um.


Arquitectura

O romantismo marca a ruptura com a tradição clássica. Assume-se como uma corrente artística por toda a Europa com especificidades dos vários enquadramentos históricos e vivências.
A arquitectura despreza os valores clássicos das academias dando preferência á irregularidade e volumetria com efeitos de luz, movimento de planos e decoração pitoresca que estimulassem a imaginação e os sentidos e convidassem o sonho e a fantasia.
A arquitectura deveria ser capaz de provocar sensações. Marcou a passagem da “forma medida” (neoclassicismo), para a “forma sentida” (romantismo). Tem maior preocupação com a forma e decoração que com os aspectos técnicos.
Utilizam materiais da industrialização como o ferro (decoração), vidro, aço, tijolo vidrado e os materiais “nobres” madeira e pedra (gosto pela natureza).
A arquitectura romântica não criou um novo estilo no sentido pleno do termo. Promove antes o estudo e reprodução de estilos de épocas passadas, através de revivalismos historicistas, o que se explica facilmente pelo próprio contexto histórico: interesse pela história e pelas tradições nacionais.





Pintura


A pintura foi a arte em que o ideário românico melhor se expressou. Nasceu da pintura pré-romântica e recebeu influências dos nazarenos e dos pré-rafaelistas. Quebrando as regras do academismo neoclássico, os pintores românticos criaram universos imaginários onde o fantástico, o exotismo e o sonho são realidades tidas como possíveis em oposição á existência do quotidiano monótono e repetitivo.
Os artistas lutaram pela livre expressão do eu pessoal dando largas á imaginação, dai a pintura ser individualista e diversificada do ponto de vista estilístico. As temáticas são históricas, literárias, mitológicas e de retrato de figuras populares e anónimas. Os temas inovadores são temas da actualidade da época, temas inspirados no sonho, no onírico, nas tradições populares, nos exotismos, na vida rural e paisagem.
A pintura é marcada pela espontaneidade e individualismo, ainda muito influenciada pelo academismo neoclássico no tratamento realista e no claro/escuro, mas emancipa-se pela maneira como sobrevaloriza a cor. Em certos autores, essa emancipação traduz-se na simplificação do desenho e bidimensionalidade no tratamento do claro/escuro.
Os traços estilísticos comuns na pintura são intensos efeitos claro/escuro, prevalece a cor sobre o deesnho linear, uso de óleo e aguarela, pinceladas larfas e espontâneas, composições movimentadas e figuras humanas que não obedecem aos cânones clássicos.
Destaca-se Delacroix, Turner e Goya.







Escultura




A escultura acaba por não ter um impacto tão grande como as outras artes, até porque o seu processo de concepção/execução é o mais demorado, limitando assim a espontaneidade própria do romantismo.
As temáticas são inspiradas na natureza, carácter alegórico e fantasista, temas históricos e líricos.
Nas formas de expressão evidenciou-se as composições estáticas e procurou-se exaltar a expressividade através de composições movimentadas e de sentido dramático e de corpos realistas com expressões carregadas de sentimento. O material principal era mármore, mas também havia algum bronze.
Destacam-se os franceses Pérault e Carpeaux.