domingo, 20 de março de 2011

Fauvismo

O fovismo ou fauvismo (do francês les fauves, "as feras", como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente à época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Associada à busca da máxima expressão pictórica, o estilo começou em 1901 mas só foi denominado e reconhecido como um movimento artístico em 1905. Segundo Henry Matisse, em "Notes d'un Peintre", pretendia-se com o fovismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".


Características

O fovismo tem como características de muitas fritolas marcantes a simplificação das formas de pelos, o primado das cores, e uma elevada redução do nível de graduação das cores utilizadas nas obras. Os seus temas eram leves, retratando emoções e a alegria de viver e não tendo intenção crítica.

A cor passou a ser utilizada para delimitar planos, criando a perspectiva e modelando o volume. Tornou-se também totalmente independente do real, já que não era importante a concordância das cores com objeto representado, e sendo responsável pela expressividade das obras.

Os princípios deste movimento artístico eram:

§ criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias;

§ a cor pura deve ser exaltada;

§ as linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens

Características da pintura

§ Pincelada violenta, espontânea e definitiva;

§ Ausência de ar livre;

§ Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;

§ Autonomização completa do real;

§ Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;

§ Pintura por manchas largas, formando grandes planos;

Expressionismo

O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos primórdios do século XX, de indivíduos que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que na sua exteriorização, projectando na obra de arte uma reflexão individual e subjectiva. Ou seja, a obra de arte é reflexo directo do mundo interior do artista expressionista.

O expressionismo plasmou-se num grande número de campos: arquitectura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança, fotografia, etc. A sua primeira manifestação foi no terreno da pintura, ao mesmo tempo que o fauvismo francês, fato que tornaria ambos movimentos artísticos nos primeiros expoentes das chamadas "vanguardas históricas". Mais que um estilo com características próprias comuns foi um movimento heterogéneo, uma atitude e uma forma de entender a arte que aglutinou diversos artistas de tendências variadas e diferente formação e nível intelectual. Surgido como reacção ao impressionismo, frente ao naturalismo e o carácter positivista deste movimento de finais do século XIX os expressionistas defendiam uma arte mais pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista – a "expressão"– frente à plasmação da realidade – a "impressão"–.

O expressionismo costuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjectivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objectiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo é extrapoláveis a qualquer época e espaço geográfico. Assim, com frequência qualificou-se de expressionista a obra de diversos autores como Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. Alguns historiadores, para o distinguir, escrevem "expressionismo" –em minúsculas– como termo genérico e "Expressionismo" – em maiúsculas – para o movimento alemão.

O Expressionismo distingue-se do Realismo por não estar interessado na idealização da realidade, mas na sua apreensão pelo sujeito. Guarda, porém, com o movimento realista, semelhanças, como uma certa visão anti-"Romantismo" do mundo.

Com as suas cores violentas e a sua temática de solidão e de miséria, o expressionismo reflectiu a amargura que invadia os círculos artísticos e intelectuais da Alemanha pré-bélica, bem como da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e do período entre-guerras (1918-1939). Essa amargura provocou um desejo veemente de transformar a vida, de buscar novas dimensões à imaginação e de renovar as linguagens artísticas. O expressionismo defendia a liberdade individual, a primazia da expressão subjectiva, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, demoníaco, sexual, fantástico ou pervertido. Pretendeu reflectir uma visão subjectiva, uma deformação emocional da realidade, através do carácter expressivo dos meios plásticos, que tomaram uma significação metafísica, abrindo os sentidos ao mundo interior. Entendido como uma genuína expressão da alma alemã, o seu carácter existencialista, o seu anseio metafísico e a visão trágica do ser humano no mundo fizeram reflexo de uma concepção existencial liberta ao mundo do espírito e à preocupação pela vida e pela morte, concepção que costuma qualificar-se de "nórdica" por se associar ao temperamento que é identificado com o estereótipo dos países do norte da Europa. Fiel reflexo das circunstâncias históricas em que se desenvolveu, o expressionismo revelou o lado pessimista da vida, a angustia existencial do indivíduo, que na sociedade moderna, industrializada, se vê alienado, isolado. Assim, mediante a distorção da realidade visavam impactar o espectador e chegar ao seu lado mais emotivo.

O expressionismo não foi um movimento homogéneo, mas de uma grande diversidade estilística: houve um expressionismo modernista (Munch), fauvista (Rouault), cubista e futurista (Die Brücke), surrealista (Klee), abstrato (Kandinsky), etc. Embora o seu maior centro de difusão fosse na Alemanha, também foi percebido em outros artistas europeus (Modigliani, Chagall, Soutine, Permeke) e americanos (Orozco, Rivera, Siqueiros, Portinari). Na Alemanha organizou-se nomeadamente em torno de dois grupos: Die Brücke (fundado em 1905), e Der Blaue Reiter (fundado em 1911), embora houvesse artistas não adestritos a nenhum grupo. Depois da Primeira Guerra Mundial apareceu a chamada Nova Objectividade que, se bem que surgiu como recusa do individualismo expressionista defendendo um carácter mais social da arte, a sua distorção formal e o seu colorido intenso tornam-nos herdeiros directos da primeira geração expressionista.

Em uma acepção mais ampla, a palavra “expressionismo” refere-se a qualquer manifestação subjectiva e psicológica da criação humana.


Surrealismo

O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primeiramente em Paris dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reune artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão internacional. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), mas também pelo Marxismo, o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa. Um dos seus objectivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton (1896-1966) é o principal líder e mentor deste movimento.

A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento.

Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de (1924). Além de Breton seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud no teatro, Luis Buñuel no cinema e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas.

Dadaísmo

O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi um movimento artístico da chamada vanguarda artística moderna iniciado em Zurique, em 1915 durante a Primeira Guerra Mundial, no chamado Cabaret Voltaire. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão, liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.

Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um bebé). Para reforçar esta ideia foi estabelecido o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o carácter anti-racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. Em poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colónia, Hanôver, Nova York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início posteriormente ao surrealismo e seus parâmetros influenciam a arte até hoje.


Principais características:

- Oposição a qualquer tipo de equilíbrio.

- Combinação de pessimismo irónico e ingenuidade radical.

- Cepticismo absoluto e improvisação.

Enfatizou o ilógico e o absurdo. Entretanto, apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Assim, sua principal estratégia era mesmo denunciar e escandalizar.

A princípio, o movimento não envolveu uma estética específica, mas talvez as formas principais da expressão dadá tenham sido o poema aleatório e o ready made. Sua tendência extravagante e baseada no acaso serviu de base para o surgimento de inúmeros outros movimentos artísticos do século XX, entre eles o Surrealismo, a Arte Conceitual, a Pop Art e o Expressionismo Abstracto.

Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, seleccionando e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente, firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.

Ready-Made significa confeccionado, pronto. Expressão criada em 1913 pelo artista francês Marcel Duchamp para designar qualquer objecto manufacturado de consumo popular, tratado como objecto de arte por opção do artista.

O fim do Dada como actividade de grupo ocorreu por volta de 1921.

Guernica


Guernica é uma pequena localidade no País Basco.

Guernica foi bombardeada pelos nazistas em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola, o que inspirou a Pablo Picasso sua famosa obra "Guernica".

Picasso pintou esse quadro para retratar o estado de Guernica após o bombardeio: restos de pessoas espalhados por todos os lugares

Dizem que durante uma exposição um oficial nazista indagou a Picasso: Foi você quem fez isso? Ele respondeu: Não, vocês fizeram isso, eu só pintei!

Após o fim da Guerra Civil, Picasso permitiu que a obra fosse emprestada ao Museu de Arte Moderna de Nova York, com a condição de que Guernica retornasse à Espanha somente quando a ditadura Franquista caísse. Em 1981, com a morte do ditador Francisco Franco, a obra voltou ao território espanhol, onde hoje reside no Centro de Arte Reina Sofía, em Madrid.

Em Janeiro de 1973, com o título "The Great Guernica Fraud", o professor Jeffrey Hart publicou no National Review um estudo onde sustenta a tese de que bombardeio de Guernica não ocorreu. O artigo foi reimpresso nos jornais "Die Welt" e "Il Tempo". No último teve o título: "Revelações sensacionais destroem um Mito".

Pablo Picasso


Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso conhecido como Pablo Ruiz Picasso (25 de outubro de 1881 - 8 de Abril de 1973) foi um espanhol pintor , desenhista , e escultor que viveu a maior parte de sua vida adulta na França . Ele é mais conhecido por co-fundar o cubismo, movimento e para a grande variedade de estilos que ele ajudou a desenvolver e entre seus trabalhos mais famosos são os proto-cubista Les Demoiselles d'Avignon (1907) e Guernica (1937) , um retrato do alemão bombardeio de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola .

Picasso demonstrou talento artístico incomum em seus primeiros anos, a pintura de uma forma realista através de sua infância e adolescência, durante a primeira década do século XX mudou seu estilo como ele experimentou com diferentes teorias, técnicas e ideias. Suas realizações artísticas revolucionárias trouxe renome universal e imensa fortuna ao longo de sua vida, fez dele uma das figuras mais conhecidas da arte do século XX.